Cinco, seis, sete, oito... os corpos transitam levemente pelo caos, o sinal está verde e a cortina do palco da vida se abre. O coração bate e o corpo pulsa arte: o compasso expande e invade todo lugar. O corpo em consciência de seus limites, a alma transbordando pelas avenidas. Sinta o agora nos pés que tocam o asfalto, no contra tempo, no jeté ou no step. Dê cor ao caminho, se entregue no espaço urbano e dance em todo lugar. O trem já partiu, as ruas estão lotadas, voe em cada salto, sambe consigo, gire com os outros, deixe sua ginga pela cidade, pois ela é como nós: viva e não para. Cadencie ao som da cidade e onde vibra seu coração. O tempo é da sinfonia de vozes, buzinas, pássaros, obras e ventos, sons do quotidiano. A arte se entrega no espaço, virando poesia a preencher a rua em cada pirueta, complementando a beleza da urbe. Os corpos dançantes se movem na velocidade dos centros, na agitação dos transeuntes desatentos, ao som dos carros e das ondas do mar, entre os prédios altos ou em meio à natureza, em uma harmonia arrebatadora. Viaje nessa carta de amor que escrevi para a cidade do Rio de Janeiro, com câmera, lentes, luz e sombra, desde 2016 sob o nome de Compasso Urbano. Uma série de ensaios com bailarinas e bailarinos de diversas modalidades, em espaços públicos. Respire fundo e deixe o corpo ir: permita-se sentir a paixão pela dança e a intervenção dela pelas ruas. A arte dançante presente em todo lugar levando expressão para além de seu espaço comum: o palco...cinco, seis, sete e oito.
Em 2019, esse projeto tão especial virou exposição no Centro Cultural Feso Pro Arte, em Teresópolis.
Aqui você encontra todos os ensaios do projeto.